Flint olhava para o sol poente quando pensou ter visto afigura de um homem caminhando pela trilha. O anão ergueu-se e recuou até a sombra de um alto pinheiro para ver melhor. As passadas do homem eram marcada por uma graça natural — uma graça quase élfica. Porém, seu corpo tinha a compleição e a musculatura típicas de um humano, e a barba o afastava ainda mais dos elfos. Todos os anões podiam ver que o rosto emoldurado pelo capuz verde tinha a pele bronzeada e uma barba castanho-arruivada. Um arco longo pendia de um dos seus ombros, e uma espada descansava em seu flanco esquerdo. Ele vestia um couro macio finamente tecido com os intrincados desenhos amados pelos elfos. Mas nenhum elfo no mundo de Krynn poderia ter uma barba... nenhum elfo, a não ser...
"Tanis?" Disse Flint, hesitante, à medida que o homem se aproximava.
"Eu mesmo." O rosto barbudo do recém-chegado abriu-se num largo sorriso. Então, repetiu o gesto com os braços e, antes que o anão pudesse impedi-lo, envolveu-o num abraço que o suspendeu. Flint apertou forte o velho amigo por um instante, mas, lembrando-se da sua compostura, se debateu até se livrar do abraço do meio-elfo.
Caminhando em dois mundos mas não pertencendo a nenhum, os meio-elfos combinam o que alguns dizem ser as melhores qualidades de seus pais elfos e humanos: curiosidade, inventividade e ambição humanas, equilibradas pelos sentidos refinados, amor pela natureza e sensibilidade artística dos elfos. Em que pesem suas diferenças emocionais e físicas, alguns meio-elfos vivem entre os humanos, observando amigos e entes queridos envelhecerem enquanto o tempo mal os toca. Outros vivem com os elfos, ficando inquietos ao atingirem a idade adulta nos reinos eternos, enquanto seus pares continuam a viver como crianças. Muitos meio-elfos, incapazes de se encaixarem em qualquer sociedade, escolhem vidas de errância solitária, ou juntam-se a outros desajustados e párias numa vida aventureira.
Para os humanos, os meio-elfos se parecem com elfos, e, para os elfos, se parecem com humanos. Em altura, são iguais a ambos os pais, mas não são tão esbeltos como os elfos nem tão parrudos como os humanos. Medem entre 1,5 e 1,8 metro de altura e pesam entre 50 e 90 quilos, sendo os homens um pouco mais altos e pesados que as mulheres. Os meio-elfos do sexo masculino têm pelos faciais e, às vezes, barbas que podem ter por função mascarar sua descendência élfica. Sua coloração e características encontram-se entre as dos seus pais humanos e elfos, mostrando assim uma variedade ainda mais pronunciada do que a encontrada entre membros daquelas duas raças. Meio-elfos tendem a puxar os olhos dos elfos.
Meio-elfos não possuem terras, embora sejam bem-vindos em cidades humanas e um pouco menos nas florestas élficas. Nas grandes cidades de regiões onde elfos e humanos interagem, podem ser numerosos o suficiente para formar pequenas comunidades próprias. Eles gostam da companhia de outros meio-elfos, os únicos que realmente entendem o que é viver entre dois mundos. Na maior parte das terras, no entanto, os meio-elfos são incomuns o suficiente para que um indivíduo desta raça possa viver anos sem encontrar outro. Alguns deles preferem evitar companhia por completo, vagando pelos bosques como caçadores, mateiros, guardiões ou aventureiros, raramente visitando a civilização. Como os elfos, são motivados pela vontade de viajar, que surge com o correr dos anos. Outros, pelo contrário, se engajam na sociedade, empregando seu carisma e suas habilidades sociais em papéis diplomáticos ou criminais.
Meio-elfos usam nomes humanos ou élficos. Como se quisessem enfatizar seu desajuste em qualquer sociedade, aqueles criados entre humanos costumam receber nomes élficos, enquanto aqueles criados entre elfos muitas vezes assumem nomes humanos.
Seu personagem meio-elfo tem algumas características comuns aos elfos e outras únicas à sua raça.
Seu valor de Carisma aumenta em 2. Aumente em 1 os valores de dois outros atributos à sua escolha.
Meio-elfos amadurecem na mesma idade dos humanos, atingindo a idade adulta perto dos 20 anos. No entanto, vivem muito mais do que os humanos, ultrapassando com frequência os 180 anos.
Meio-elfos compartilham a inclinação caótica da sua herança élfica. Valorizam tanto a liberdade pessoal quanto a expressão criativa, não demonstrando apreço por líderes nem o desejo de ter seguidores. As regras os irritam, por isso não gostam de receber ordens e, às vezes, provam-se indignos de confiança.
Seu tamanho é Médio. Meio-elfos chegam à mesma estatura dos humanos, entre 1,5 e 1,8 metros.
Seu deslocamento básico é de 9 metros.
Graças ao seu sangue élfico, você possui uma visão superior no escuro. Você consegue enxergar até 18 metros na meia-luz como se fosse dia e, na escuridão, como se fosse meia-luz. Na escuridão você só consegue discernir tons de cinza.
Nenhum tipo de magia pode colocá-lo para dormir, e você tem vantagem em salvaguardas contra ser enfeitiçado.
Você ganha proficiência em duas perícias à sua escolha.
Você pode falar, ler e escrever Comum, Élfico e outro idioma à sua escolha.
Alguns meio-elfos têm um traço racial no lugar do traço Versatilidade com Perícias. Se o seu DM permitir, seu personagem meio-elfo pode abrir mão de Versatilidade com Perícias e no lugar dele escolher o traço racial élfico Sentidos Aguçados ou um traço racial baseado em seu parentesco élfico: